quarta-feira, 9 de março de 2011

Ultimas 3 semanas!!!

Olá amigos leitores, faltando apenas 3 semanas para as férias vou deixar um post falando do meu espírito (álcool) preferido, não sei porque é ou se tornou, mas possuo um grande conhecimento que cada dia cresce mais. Estou falando da minha amiga Vodka.

Pois bem, ao contrário de muitos outros destilados cujos mestres ficam anos aperfeiçoando a receita e o sabor pela adição de especiarias ou processos de envelhecimento em barris das mais variadas madeiras, a vodka tem por intuito simplesmente ser álcool. Ponto.

Lógico que hoje existem diversas opções saborizadas, aromatizadas e outras “adas” por aí, mas hoje falarei da original, pura e simples wodka (“aguinha”, diminutivo de woda, água em russo e em polonês), o destilado mais consumido no mundo.

Os primeiros registros aguinha russa,do termo wodka datam do início do século XV (1405, Sandomierz, Polônia). Era uma água destilada de grãos enriquecida com camomila para tratar a pele irritada após a barba. Foi durante o feudalismo russo que a obtenção de álcool a partir de praticamente qualquer coisa que fosse possível se fermentar popularizou a água que passarinho não bebe, muito requisitada perante os impiedosos invernos do país dos Czares. Nossa fui longe nessa hem!!! Até que as aulas de história com o Professor Vorlei serviram pra alguma coisa...

...Continuando...
Foram justamente os últimos imperadores russos que tiraram maior proveito da afeição de seu povo pela bebida, chegando a decretar a produção de vodka como monopólio do estado, ou seja, o governo queria uma fatia maior nessa jogada. Isso foi durante o reinado do Czar Nicolau II, quando viram crescer fortunas nos cofres de industriais como Piotr Smirnov (anos depois conhecido mundialmente por sua marca Smirnoff). Eles perceberam a possibilidade de aumentar ainda mais a arrecadação do estado, cujos impostos sobre a bebida já correspondiam a um terço de tudo que entrava nos cofres públicos.

Tamanha é a importância desta bebida na história russa que até Dimitri Mendeliev (o cara da tabela periódica) se envolveu com estudos de melhorias do processo de destilação.
Resultado desse percurso histórico: no final do milênio passado a média de consumo de vodka de aproximadamente 80% da população masculina russa era de, pasmem, 110 litros por ano.

Tah tah, chega de história, quer é beber neh...

Primeiramente como é a fabricação ou falando mais bonitinho, o processo de destilação...

Costuma-se dizer na Rússia que fazer vodka não é mais difícil que fazer sopa. Uma grande parcela da população tem em casa seus próprios apetrechos para fazer o samogon, uma forma rudimentar de vodka não raro com mais de 50% de álcool, ou seja, pega fogo e intoxica fortemente. Prova disso é que, segundo a revista Times, no ano de 2008 mais de 19.000 pessoas morreram intoxicadas por essa vodka artesanal.

Link YouTube | Vodka artesanal, da série “O que não fazer em casa”

Destilar vodka consiste basicamente em por cevada, milho, trigo, centeio, ervas, figos ou batatas em água quente em fogo constante sem deixar ferver, apenas para inchá-los. Deixa-se em infusão por um tempo e acrescenta-se a levedura para fermentar os grãos. Após um tempo obtém-se um caldo levemente alcoólico, destilado várias vezes para separar o álcool do excesso de água e eliminar impurezas.

Como escolher sua vodka?
Me perguntam várias vezes, qual na minha opinião é a melhor, respondo logo brincando, a grátis... mas eu tenho uma queda pela Belvedere.

                  Esse é meu home bar, e essa é minha coleção de Absolut


Agora falando sério, existem inúmeros critérios, e vou resumir para os 4 mais importantes

1. Preço: Considere o uso e a quantidade. Se você quer fazer uma festinha pros amigos em casa, uma vodka entre R$16,00 e R$ 25,00 pode satisfazer perfeitamente suas necessidades. Por ser uma bebida de sabor neutro a maioria das pessoas não consegue diferenciar por marca ao misturar com outros ingredientes de um drink. Nesta faixa de preço as mais aconselháveis são Smirnoff, Skyy e Orloff.

2. Região: Aqui temos a maior amplitude de opções como o Leste Europeu (Rússia e Polônia), Europa ocidental (França, Suécia, Itália e Holanda) e ainda as diversas destilarias boutique que pipocam em centros urbanos como Estados Unidos e Inglaterra.
Nesta categoria, as melhores são as super premium francesas Grey Goose (adoro) e Ciroc, e a polonesa Belvedere (apaixonado). Também importantes são a holandesa Ketel One (muito consumidas pelos americanos) , a sueca Absolut, as russas Smirnoff Black e Stolichnaya, a finlandesa Finlandia e a polonesa Wyborowa.

3. Graduação alcoólica: Vodkas são feitas com índices entre 30 e 60% de álcool. As russas tipicamente ficam na faixa dos 40 % (80 proof). O samogon, por exemplo, tem pelo menos 50%.

4. Matéria-prima: Vodkas mais baratas tendem a ser produzidas com uma combinação de ingredientes abundantes, logo mais baratos, como sorgo ou milho. Já as premium são feitas de um único ingrediente, como trigo, batata ou uva.

Agora vamos falar do que realmente importa... Modos de beber.

Por seu sabor neutro, a vodka tornou-se uma das mais versáteis bases de drinks, presente na maioria dos cardápios pelo mundo afora. Para degustá-la pura, no entanto, escolha uma das seguintes formas com responsabilidade:

Fria como na Rússia: Antes de consumir sua vodka, deixa ela uma temporada no freezer de sua casa. Isso proporcionará cremosidade e intensidade no sabor da bebida. Algumas horas já são suficientes e, se possível, gele o copo também.

Acompanhada: Não é aconselhável a ingestão de vodka de estômago vazio ou em carreira solo. Tradicionalmente os poloneses ingerem algumas fatias de pão com bastante manteiga antes de beber, pois a manteiga forma uma espécie de camada protetora no estômago, evitando que a bebida agrida muito suas paredes e cause azia. Belisque também alguma coisa enquanto bebe para manter seu organismo abastecido de energia e mais resistente aos efeitos do álcool.

Hidratada: Lembre-se sempre que um dos maiores incômodos de beber demais é a ressaca, intoxicação causada pelo álcool, cuja intensidade é diretamente proporcional à desidratação do corpo. Quanto mais hidratado você estiver enquanto bebe, menos intoxicado seu corpo e menores serão suas chances de ter ressaca, para não dizer que serão nulas.

Então galera, agora que vocês já sabem que vodka não é uma só vodka, façam uma boa escolha para seu drink, uma boa vodka sempre faz a diferença no gosto final.

Abraço amigos leitores beba com responsabilidade,
Se for dirigir não beba, se for beber me chame.

Fui...